quarta-feira, janeiro 26, 2005

Novela (americana) a R$ 14

Fui ver o Alexandre, e vou dizer porque o filme é um dos piores que este acarajeta já viu. Oliver Stone errou a mão. Primeiro Cólinfáruel não era prá estar nesta película. Não tem carisma para ser guerreiro-gay, a voz é péssima. Ele em Por Um Fio estava melhor, era + a cara dele. Angelina Jolie nem se fala. O que é aquilo? Parece q esta garota nunca frequentou escola de teatro... Será q entrou em Roliúdi por causa do pai, Jon Voigt? A fotografia é medíocre. Grande parte do filme passa-se no deserto e não temos aquelas cores quentes (é q não sei bem associar as cores aos nomes, mas lembremos de A Última Tentação de Cristo). Ai sobrou a trilha sonora: péssima, tentando recriar possíveis temas da música da época, mas q não consegue comer ninguém. Por último a polêmica do cara ser bissexual. Nada de mais. Bismarque também era, dizem de Hitler, e no Brasil tivemos o matadô Madame Satã.
Agora o gran finale destas parcas palavras (ANOTEM POIS ALGUM GRANDE CRÍTICO AINDA VAI DIZER ISSO): a história do filme é uma paródia a JorgiBuxi. A tragetória de Alexandre, é tal qual a do presidente júnior. Sentimento grandiloquente, querendo uma expansão de fronteitas a custo de muito sangue.
P.S.: O bom desta sessão de cinema de ontem, foi q eu e meu irmão conseguimos quebrar um tabu de 78 anos. Minha mãe tinha 48 anos que não entrava numa sala de cinema e minha irmã 30 anos.
Por favor, parem de conjecturar a idade delas...

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Sou o irmão que acompanhou o blogueiro ao cinema. Vimos Alexandre, o Grande. Nossa dissensão começou na volta para casa. Não se pode dizer que o filme seja uma maravilha, mas também não é tão ruim como sugerido. Oliver Stone foi fiel à história, o mais que possível. Convenhamos: Para os dias de hoje é muito difícil aceitar a Grécia como ela foi e, sobretudo, Homero. A leitura de Ilíada, por exemplo, é uma chatice para uma geração acostumada a videoclipes. Apesar disso Tróia foi um sucesso e Alexandre se mostra verdadeiro fracasso. Que contradição!!!!
Para uma sociedade acostumada aos "Rambos" da vida, mostrar um guerreiro homossexual é uma heresia.
Mas o homessualismo era diretriz de vida na Grécia Antiga.
Para uma boa compreensão do filme, tem-se que conhecer a vida de Alexandre. Aqui, talvez, a crítica do blogueiro seja consistente. Oliver Stone não conseguiu transpor para a tela alguns aspectos que poderiam facilitar a compreensão do filme.
Dou um exemplo:
Todos saem do cinema sem saber como e por que o Alexandre menino conseguiu domar o cavalo Bucéfalo (que significa "cabeça de boi"), quando especialistas adultos não o conseguiram. Plutarco mostra que Alexandre percebeu que o animal se assustava com a própria sombra e ficava mais bravio do que era. Foi só colocar o animal em posição que não aparecesse a sombra que o cavalo ficou dócil.
Por isso mesmo, se entremostrará incompreensível o aspecto da batalha final quando Alexandre enfrenta um indiano que monta um elefante. Alexandre coloca Bucéfalo em posição onde o animal pudesse ver a própria sombra. Daí, Bucéfalo parte rompante em direção ao enorme elefante.
Democraticamente, discordo parcialmente da posição do mano.
Acredito que todos vão ver Alexandre querendo rever Tróia. Este último filme prostitui a história para satisfazer os desejos e anseios da modernidade. Tróia seria um desastre se se mantivesse fiel a Homero. Quem, nos dias de hoje, aceitaria os deuses interferindo diretamento nos destinos de uma guerra? Ou nos desígnios dos homens? Quem aceitaria um fatalismo cruel ditado pelos deuses?
Aquiles e Patróclo mantinham uma relacionamento homossexual. Tróia passa ao largo desse ponto.
Ou o filme Alexandre será visto com os olhos postos na história e, aí, haverá algum interesse pelo filme, ou continuaremos com o "manto diáfano da fantasia" (Que saudade de Eça de Queiróz!!!), hipótese em que a película, efetivamente, é despida de algum atrativo.
Uma pergunta: Será que em outra edição daquele livro que mostrei... "1001 filmes para se ver antes de morrer", o autor colocaria Alexandre como o 1002º filme indispensável?
Lembre-se que você também não gostou de "Memento", lamentavelmente traduzido no Brasil como Amnésia.
Um abraço.
Irmão do blogueiro

6:08 PM  
Anonymous Anônimo said...

Retificando anterior recado: O filme Tróia não se baseia na História, mas na "louca da casa" criada por Homero(Ilíada). O blogueiro sabe que "a louca da casa" é a imaginação.
Em Sampa não encontramos Rosa Montero e seu fenomenal Louca da Casa. Mas, na megalópole Atibaia, lá estão, todos faceiros, 4 exemplares do livro. Já viu maior contradição?
O mano

6:27 PM  
Anonymous Anônimo said...

Putz! Marcone tem um irmão ainda mais cabeça do que ele!!!!

1:16 PM  

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