domingo, fevereiro 06, 2011

pedra

um te(x)to todo seu.
(uma péssima ode à virgínia woolf)

o q é um recomeço? é um fim de algo, ou o início de um ciclo entremeado por qquer outro ciclo? bisbilhiotices à parte, é sempre isso de q precisamos em nossas vidas? sempre estaremos recomeçando? mas o q mesmo? o q nos move pra tantos recomeços? de relacionamentos, de trabalhos, de atitudes, de partidos, de sogras... não há recomeços. estamos encapsulados em algo chamado cabeça, memória e afins. td está visivelmente preso em nosso pensamento. uma mudança de atitude fará um bem infinitesimal dentro de sua cabeça. a prisão são os pensamentos q geram desejos... filosofices orientais q repetiremos em mesa de bar eternamente. mude, mude sempre e verás q voltarás sempre ao início, à origem de algo q já estava estabelecido.
o desejo é o pecado? pode-o e logo garantirás o desejo de podá-lo.
heidegger tava certo. amar o próximo como a si mesmo é sempre estar com um pé atrás, dada a sua impossibilidade, claro.
o recomeço tmb é uma ilusão. nossa mente tmb já a pressentiu e o programou, jogando com as possibilidades q nem saberemos quais são -- mas ela sabe. às vezes fico mto preocupado com as armadilhas de nossa mente. ela maquina, nos engana, provoca as mudanças a seu belprazer sem nos consultar. apagaremos da memória do celular alguns números, deletaremos algumas pessoas do feicibúque, mas isso faz parte do recomeço de um começo pré-estabelecido q para nós seria novo; mas é td manjado.
a morte seria um truque para enganá-la. mas há a possibilidade de q repitamos, de forma ainda não sabida, essas mesmas peripécias (ou peripatetices?) em outra zona astral, extra sensorial, escambau.
enquanto isso, a louca da casa -- a imaginação -- navega vomitando, pois a tormenta está instalada e só recomeçando.