segunda-feira, novembro 30, 2009

Bode

Peguei do Noblat, mas o texto é do Boff.
O encanto dos Orixás
Quando atinge grau elevado de complexidade, toda cultura encontra sua expressão artística, literária e espiritual.
Mas ao criar uma religião a partir de uma experiência profunda do Mistério do mundo, ela alcança sua maturidade e aponta para valores universais.
É o que representa a Umbanda, religião, nascida em Niterói, no Rio de Janeiro, em 1908, bebendo das matrizes da mais genuina brasilidade, feita de europeus, de africanos e de indígenas.
Num contexto de desamparo social, com milhares de pessoas desenraizadas, vindas da selva e dos grotões do Brasil profundo, desempregadas, doentes pela insalubridade notória do Rio nos inícios do século XX, irrompeu uma fortíssima experiência espiritual.
O interiorano Zélio Moraes atesta a comunicação da Divindade sob a figura do Caboclo das Sete Encruzilhadas da tradição indígena e do Preto Velho da dos escravos.
Essa revelação tem como destinatários primordiais os humildes e destituídos de todo apoio material e espiritual.
Ela quer reforçar neles a percepção da profunda igualdade entre todos, homens e mulheres, se propõe potenciar a caridade e o amor fraterno, mitigar as injustiças, consolar os aflitos e reintegrar o ser humano na natureza sob a égide do Evangelho e da figura sagrada do Divino Mestre Jesus.
O nome Umbanda é carregado de significação. É composto de OM (o som originário do universo nas tradições orientais) e de BANDHA (movimento inecessante da força divina).
Sincretiza de forma criativa elementos das várias tradições religiosas de nosso pais criando um sistema coerente.
Privilegia as tradições do Candomblé da Bahia por serem as mais populares e próximas aos seres humanos em suas necessidades.
Mas não as considera como entidades, apenas como forças ou espíritos puros que através dos Guias espirituais se acercam das pessoas para ajudá-las.
Os Orixás, a Mata Virgem, o Rompe Mato, o Sete Flechas, a Cachoeira, a Jurema e os Caboclos representam facetas arquetípicas da Divindade.
Elas não multiplicam Deus num falso panteismo mas concretizam, sob os mais diversos nomes, o único e mesmo Deus.
Este se sacramentaliza nos elementos da natureza como nas montanhas, nas cachoeiras, nas matas, no mar, no fogo e nas tempestades. Ao confrontar-se com estas realidades, o fiel entra em comunhão com Deus.
A Umbanda é uma religião profundamente ecológica.
Devolve ao ser humano o sentido da reverência face às energias cósmicas. Renuncia aos sacrifícios de animais para restringir-se somente às flores e à luz, realidades sutis e espirituais.
Há um diplomata brasileiro, Flávio Perri, que serviu em embaixadas importantes como Paris, Roma, Genebra e Nova York que se deixou encantar pela religião da Umbanda.
Com recursos das ciências comparadas das religiões e dos vários métodos hermenêuticos elaborou perspicazes reflexões que levam exatamente este título O Encanto dos Orixás, desvendando-nos a riqueza espiritual da Umbanda.
Permeia seu trabalho com poemas próprios de fina percepção espiritual. Ele se inscreve no gênero dos poetas-pensadores e místicos como Alvaro Campos (Fernando Pessoa), Murilo Mendes, T. S. Elliot e o sufi Rumi.
Mesmo sob o encanto, seu estilo é contido, sem qualquer exaltação, pois é esse rigor que a natureza do espiritual exige.
Além disso, ajuda a desmontar preconceitos que cercam a Umbanda, por causa de suas origens nos pobres da cultura popular, espontaneamente sincréticos.
Que eles tenham produzido significativa espiritualidade e criado uma religião cujos meios de expressão são puros e singelos revela quão profunda e rica é a cultura desses humilhados e ofendidos, nossos irmãos e irmãs.
Como se dizia nos primórdios do Cristianismo que, em sua origem também era uma religião de escravos e de marginalizados, “os pobres são nossos mestres, os humildes, nossos doutores”.
Talvez algum leitor/a estranhe que um teólogo como eu diga tudo isso que escrevi. Apenas respondo: um teólogo que não consegue ver Deus para além dos limites de sua religião ou igreja não é um bom teólogo.
É antes um erudito de doutrinas. Perde a ocasião de se encontrar com Deus que se comunica por outros caminhos e que fala por diferentes mensageiros, seus verdadeiros anjos.
Deus desborda de nossas cabeças e dogmas.

Leonardo Boff é teólogo

Bingo

A Folha de nestante trás nossos queridos deputados do DF recebendo $$ e colocando em meias, pastas etc. Até aí tudo bem, não fosse o fato de que um grupo ora após receber a propina.
Santa cara de pau!!!
Em tempo: vocês se lembram que Arruda caiu junto com ACM no escândalo do painel?

Beco

Susan Boyle ainda não sabe cantar. Suas notas soam sempre iguais, retilíneas demais.
A mídia, pobre mídia, ao invés de se preocupar com sua mudança de visual, deveria incentivá-la a aprender a cantar.
Que tal um curso no Cuca?

quarta-feira, novembro 25, 2009

Blu 3

Blu 2



Chiaroscuro, pelo Mestre Caravaggio.

Blu

Recomendooooooooooooooooo.
(Inclusive o Mario Testino novo tá lá!!!)

terça-feira, novembro 24, 2009

Bispo

A diferença nas intenções de voto entre Dilma e Serra diminuiu.
Mas apenas 25% dos entrevistados na pesquisa CNT/Sensus dizem já ter seu candidato na ponta da língua.
O PV está preocupado com o fato de Marina não decolar. Uma galera de lá acha que a culpa é dela.
Sei não...
*******

A mídia não tem destacado como deveria, mas nesse momento já tem mais de 14 horas que uma parte do Rio de Janeiro está às escuras, inclusive os ricaços da Zona Sul.
Isso não vai ficar assim.

Bula

Já tivemos visitas de outros sanguinários aqui em nossa terrinha. Penso que Lulinha acerta ao receber o presidente do Irã. Negócio, negócios, Holocaustos à parte.

quarta-feira, novembro 18, 2009

Pimenta

Olhem que beleza encontrei no Sérgio Rodrigues.

"Acho que a literatura não tem uma função importante na sociedade. Por outro lado acho que a literatura sempre foi e é e continuará a ser minoritária, para poucos. E acho que a literatura tem que ser opcional. Há muitos colegas meus pregando a obrigatoriedade da literatura. Fazer os jovens lerem. Não gosto disso. Na nossa sociedade tudo vai se tornando aos poucos obrigatório, deixemos a literatura ser uma atividade optativa. Leia quem quiser. Quem quiser ler terá muita felicidade na vida, mas não querendo ler também se pode ser muito feliz. Não sou um evangelista da leitura. Agora isso está na moda, promover a leitura. Há até fundações que se dedicam a isso. Suspeito que todos os que fazem tal trabalho, e ganham um bom dinheiro ao fazê-lo, nunca lêem. Nós que lemos não somos tão inclinados a promover a leitura. Talvez por já termos aprendido que é a atividade mais livre que alguém pode exercer."

Vixe!

Vamu lá no estandapecómedi do Antiquário amanhã?

Tombo

Quero seguir seus passos, mas de vez em quando desviar.

Mini

Eu te amo.

Dinamite

Re-la-ção. Sempre essa história... é um negócio de estar em função duzoto... estranho isso, não?
Engraçado é que a gente nunca pergunta se o outro nos quer assim. Simplesmente vamos invadindo e ponto. Se toca, pô!

Mãe

[Rompi com a letra P. Potaqueospariu]
Sabe quando tudo parece estar mal, mas não está? Simplesmente está tudo igual e a gente tem a mania de achar um tédio quando tudo está assim. Mas já estou aprendendo que a normalidade é a imbecilidade/bestialidade/maravilha da vida.
A cada dia que passa detesto mais essa gente do PT. Esse episódio do apagão... isso lá é governo? Chama de microproblema etc. Não querem de jeito algum associar esse ao de FHC, o entreguista que acabou com os oligarcas de ponta a ponta na terra brasilis.
Nem eu tô me aguentando.

quinta-feira, novembro 05, 2009

Pinóquio

Acho interessante ver a entrevista do Caetano. Existe uma vasta discussão sobre intelectuais/artistas [ou intelectuais artistas] meterem o bedelho em política, problemas sociais etc. Se devem ou não participar ativamente do moto-perpétuo moribundo que somos nós. Penso que devem sim. Afinal, são animais como nosotros.
Caetano migrou de um PSDB outrora forte para Marina Silva, e chama Lulinha de cafona.
Semana passada espinafrou [alguém ainda usa essa palavra?] Uúdiálen. Não gostei. Concordo quando diz que o diretor virou as costas para a contracultura. Mas cada um vira as costas pra o que quiser quando nos oferece o creme de la creme da sacanocultura novaiorquina.
Mano Caetano para prefeito de Santo Amaro!!!

domingo, novembro 01, 2009

Pseudo 3

grite beba cuspa xingue
faça de mim o seu be-a-ba
babacas
verdadeiros verdadeiros super verdadeiros verdadeiros verdadeiros
deus quer e que assim o seja, não fale na frente Dele 'caralho!'
Fale: 'Deus me livre!'

Pseudo 2

Você pode gostar de tudo e não gostar de nada??

Pseudo

Um monte de pessoas gritando.
Um monte de pessoas gritas.
Um monte de peoosas gritaaaammmm..
Um momnte de pessoas griiiiiiiiiitttt....
Um monte de pessoas grrrrrrrrrrrrrrrr.........Um monte
Um monte de pessoas gritttttaaammmmdmdmdmdmdmdmdmd
Um monte de pessoas grrrriiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiitan.
Um monte de pessoas.Pessoas.
Pessoas.... ah, pessoas..,
Um monte de gritos pessoas....
Um monte de pessoas gritantes;
Um monte de pessoas perto de mim... gritando por socorro!!!!