quinta-feira, maio 24, 2007

Títulos

Vejam só... essa história de navalha não é pra cortar a pele do sapo barbudo? a lua-de-mel tava boa demais. Tudo dava certo em Pindorama, os conchavos com o PMDB ia de vento em popa. Mas eis que a Bahia, sempre com suas mandingas e salameleques, vem à tona com uma lanchinha aqui, uma gravatinha acolá, milhões alhures, zilhões no escambau e acaba com essa paz de faz-de-conta.
Lembro do PT de outrora. A essa altura já estaria com toda a sua artilharia montada pra uma guerra sem trégua.
Meu nome é vidraça.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Resta-nos a coragem de levantar a nossa voz... A Bahia nunca foi uma terra de passivos, apesar da inércia atual... meditar e sair do "berço esplêndido maldito da inércia" e pensar criticamente sobre aceitar ou não esse "game" e sairmos da (im)postura dos hábitos arraigados na acomodação, na previsibilidade que nos torna fantoches da história e não sujeitos críticos. É preciso ousar e tentar ler/modificar o mundo às avessas, cortar os "fios invisíveis" que nos submetem aos titereiros manipuladores e autoritários sob a pele de "cordeiros" e a metáfora ginzburgiana dos “olhos de madeira” traz-nos a instância do sonho que se faz vital para continuar humano, cada vez mais humano a despeito de toda artificialidade do automatismo do nosso tempo e dos "caras-de-pau"...

9:43 PM  
Anonymous Anônimo said...

O burro sacrificial
por Carlos Reis em 31 de maio de 2007

Resumo: Lula deu o maior tapa na cara que o professorado brasileiro já recebeu em toda a sua história.

2007 MidiaSemMascara.org


Eu pretendia fazer uma consideração mais profunda sobre a tentativa (já frustrada?) do Lula de remunerar alunos que passarem à 8a série. Por enquanto me animo a escrever umas poucas linhas. De início, entretanto, é de se salientar como a idéia de jumento do Supremo Apedeuta foi abafada tão rapidamente pelos próprios professores, pelo menos na mídia. A mim pareceu que ela tinha cara de confissão, de rendição assinada, de reconhecimento da mais absoluta falência da Educação no Brasil. Nunca o Presidente dos Tolos foi tão infeliz com uma frase-idéia como essa. Nem o aborto, que ele agora diz não apoiar, foi tão inoportuno e indelicado de dizer.


Lula deu o maior tapa na cara que o professorado brasileiro já recebeu em toda a sua história. Ameaçar tornar o professorado agente pagador de uma propina ideológica e demagógica de duzentos reais, fazendo dos professores e das professoras correios da diligência lulista, é um insulto grave à inteligentzia brasileira, e até à própria burritzia brasileira mais vaidosa e cúmplice. Nem esta merecia tanto. E, de quebra, ainda há o caráter safado dessa medida que exporia os professores a grave risco de vida. É deles que partiriam os critérios de remuneração e não-remuneração. Os professores dessas séries, se aprovada essa burrice, teriam poder remunerante. É assim que eles seriam vistos pelos alunos, enfatize-se, cada vez mais selvagens nas salas de aula. Assaltariam o que eles pensam ser a diligência do ouro. Os professores seriam ameaçados e chantageados, e por meios violentos, por alunos e seus pais, o que, aliás, já acontece.


Principalmente, os conflitos gerados por essa distinção tomariam inevitáveis contornos jurídicos, com os terríveis e abomináveis Conselhos Tutelares sendo chamados a todo o momento para impor o delírio lulista a vítimas já esgotadas com tanta humilhação. A idéia é catastrófica sob todos os ângulos. O pior, porém, é o relaxamento moral completo; o mérito, já desmoralizado pela educação socialista, seria totalmente desacreditado.


Vocês já pararam para imaginar que classe de alunos teríamos? E que conflito é esse? Ora, ela é ou seria uma legítima luta de classes dos sonhos dos comunistas de Lula e sua caterva. Essa idéia talvez não seja apenas idiota, ela pode ser também maligna: a instituição da luta de classes entre alunos, remunerados contra os não-remunerados, sob um critério que somente os professores podem adotar, geraria uma dissonância cognitiva brutal na sociedade jovem (mais do que ela já sofre), comprometendo irremediavelmente o nosso futuro. Isso desnortearia os já não tão brilhantes alunos brasileiros, e ainda produziria uma inversão brutal e contraditória na propaganda de um governo que prega o relaxo dos costumes acreditando que faz o besteirol da “Justiça Social”. O efeito dissolvente sobre a agregação social atrapalharia ao próprio governo e sua ideologia emburrecedora.


A vitimização de alunos cresceria aos olhos dos psicólogos que fazem a vontade do politicamente correto e do regime – haveria uma gritaria contra a perda intolerável da auto-estima dos pobrezinhos dos alunos discriminados, reforçando assim a cadeia ideológica do coitadismo debilóide (créditos a José Dacanal) do aluno que não estuda, nem a isso é cobrado; o professor que nada ensina, mas pode pagar a incompetência; e o Estado chantagista comprador de dignidades.


Por último, o povo brasileiro foi ficando burro acreditando que a escola é uma mesa de almoço e um refúgio seguro para a marginália juvenil protegidos pela mesma espécie de lei que dá mole para a bandidagem na cadeia. Pois agora está sendo convidado a pensar na escola como guichê do Estado, como uma banca; como uma oferta fácil e negociável de dinheiro para vários fins: o comércio, o lazer, algum vício, e que deixaria uma insofismável e infeliz certeza de que a Educação se prostituiu finalmente. A educação brasileira é o burro sacrificial no altar sagrado da ignorância ungida. Lula é apenas sua vestal mais sensual e erótica. Mas para ser completamente justo eu deveria lembrar que nesse altar da deusa burritzia e da sem-vergonhice está a vestal mais culta que a República já teve: FHC. Ninguém, nem mesmo Lula, conseguiria destruir a Educação sem o concurso dessa Tarpéia.

8:16 PM  
Anonymous Anônimo said...

“método Lula” de resolução de conflitos: a quem favorece?
por Destaque Internacional em 27 de abril de 2007

Resumo: Além do desgaste das estruturas sociais e políticas brasileiras, a política vacilante do presidente Lula gerou a apatia da população, com a conseqüente sensação de que são tantos os problemas, que pouco ou nada se ganha enfrentando-os.

© 2007 MidiaSemMascara.org


Recentemente, enquanto o presidente Lula, do Brasil, voava aos Estados Unidos para retribuir a visita de seu aliado e amigo, o presidente Bush, estourou um motim de sub-oficiais da Força Aérea brasileira que trabalham como controladores de vôo dos aeroportos desse país. A crise vinha se arrastando desde fins de 2006, com paralizações quase totais dos aeroportos promovidas pelos tais sub-oficiais, que durante semanas atrasaram vôos nacionais e internacionais, e semearam o caos na vida profissional e familiar de incontáveis brasileiros. Por analogia com a crise energética de alguns anos atrás, foram batizados como “apagões” aéreos.

O presidente Lula anunciou várias vezes que a solução da crise dos controladores de vôo era iminente e seu braço direito, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, chegou a afirmar que não havia problema mais fácil de resolver. Longe de solucionar-se, a crise se agravou coincidindo com a referida viagem do presidente brasileiro e chegando ao motim militar.


Em Brasília, oficiais superiores da Força Aérea deram voz de prisão aos amotinados; porém, o presidente Lula, desde o avião presidencial, em nome da conciliação e do diálogo, desautorizou tais oficiais, impedindo que os sublevados fossem detidos.

Tal ordem presidencial quebrou dois dos principais fundamentos das Forças Armadas brasileiras e, diga-se de passagem, de qualquer país, que são o respeito à hierarquia e à disciplina. A atitude presidencial, cedendo à chantagem dos sargentos da Aeronáutica, abriu também um perigoso precedente, a partir do qual fala-se de um possível “efeito dominó” em outras categorias de sub-oficiais das Forças Armadas brasileiras. Com efeito, os controladores de vôo não são os únicos sub-oficiais capazes de paralizar o país. Na Força Aérea existem outros 23 grupos de sargentos especialistas, com postos estratégicos, como os operadores de radar e os que se encarregam da manutenção de todos os sistemas de informática. Também poderiam seguir os passos dos sargentos da Força Aérea, membros da Polícia Federal, cabos do Exército, sub-oficiais da Marinha, etc.


O prejuízo moral e psicológico foi considerável, com o conseqüente mal-estar em diversos âmbitos da vida brasileira. O presidente Lula, diante das repercussões negativas, cancelou um prometido encontro com os sargentos sublevados e passou a acusá-los de “irresponsáveis”.

Esse estilo ziguezagueante do presidente Lula, que vai desde a vacilação inicial, passando por uma atitude concessiva imediatamente posterior, e chegando até a reação tardia que tranqüiliza alguns e anestesia outros, repetiu-se em outros “apagões” de projeção nacional, como os ocorridos em São Paulo e no Rio de Janeiro meses passados. As duas maiores cidades brasileiras foram paralizadas e mantidas como reféns, durante vários dias, por bandos criminosos que demonstraram uma enorme capacidade de articulação, dirigidas desde os próprios presídios, no caso de São Paulo, e desde as favelas periféricas, no caso do Rio de Janeiro. Tais ações de violência, combinadas com ondas de rumores, paralizaram as atividades comerciais e educacionais, e semearam pânico na população, chegando a pôr em xeque os respectivos governos estaduais e ao próprio governo nacional.


Durante as referidas crises, o presidente brasileiro repetiu a seqüência usada nas crises precedentes. Depois de mostrar uma atitude inicial passiva, errática e conciliadora, Lula endureceu um pouco seu discurso, classificando os bandos criminosos como “terroristas” para, na continuação, colocar panos mornos e esboçar uma justificativa alegando que os problemas sociais estariam na raiz de tais graves incidentes.

Além da retórica e dos ziguezagues, as soluções presidenciais permanecem no campo das promessas, enquanto os problemas continuam fermentando, constituindo-se em fatores de insegurança, de falta de rumos e de desgaste emocional, pendendo como espadas psicológicas de Dâmocles sobre a cabeça dos brasileiros.


Similar atitude ziguezagueante presidencial, oscilando entre a dúvida, a conciliação e ímpetos de reação tardia para depois retomar a atitude conciliadora, também ocorreu em relação às ações violentas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) no campo brasileiro; e em situações internacionais, como o caso da chantagem do presidente Evo Morales contra a empresa estatal Petrobras e contra os fazendeiros brasileiros que possuem terras na Bolívia. Também no plano internacional pode-se mencionar, no mesmo sentido, a atitude invariavelmente conciliadora do presidente Lula em relação ao populista presidente Chávez, da Venezuela, deixando-lhe o campo livre para exercer uma liderança latino-americana.

Os resultados psicológicos dos referidos “apagões” foram similares, tanto no plano nacional quanto no internacional; inclusive, além do desgaste das estruturas sociais e políticas brasileiras, o efeito obtido, independentemente das intenções do presidente Lula, foi o desgaste do ânimo e a apatia da população, com a conseqüente sensação de que são tantos os problemas, que pouco ou nada se ganha enfrentando-os...

Existirá um método por trás do estilo Lula de resolução de conflitos? E, se assim for, a quem favorecerá no curto, médio e longo prazo? Os cientistas políticos, sociólogos, outros especialistas e o público em geral, têm a palavra.




Publicado por Destaque Internacional – Informes de Conjuntura – Ano X – nº 215 – São José da Costa Rica – 21 de abril de 2007 – Responsável: Javier González.

Tradução: Graça Salgueiro

9:32 PM  

Postar um comentário

<< Home