Metrossexuais

"Se há uma coisa q acho ridícula é a vaidade feminina num homem. Se já achava enquanto podia me olhar no espelho, acho ainda + agora q estou cego. Na mulher faz sentido o detalhismo dos retoques, desde o cabelo até as unhas, passando pelo tratamento da pele: é a arma e a defesa delas numa sociedade q só lhes valoriza a beleza e o encanto. Mas no homem, cuja natural imagem é feia e bruta, tal envaidecimento não cola. A menos q seja gay, caso em q tudo funciona como caricatura e satiriza os padrões sexuais. Mas o q dá dó é ver q alguns acreditam nessa conversa de q "homem também gosta de se embelezar" e q "se produzir" melhora a auto-estima do macho, sem sacarem q essa bobagem só interessa a duas panelinhas: a dos publicitários q inventaram esse papo e a dos fabricantes de produtos de beleza, q querem duplicar seus lucros. + patético q isso, só uma coisa: a cara de certos políticos tampinhas e feios q só a peste, como aquele malfadado João Alves (outro q já foi tarde), q não se enxergam e tingem o cabelo, posam ao lado de "namoradas" quarenta anos + novas q eles e ainda dizem q gastam no salão de beleza a grana q ganaharam na loteria, graças à sorte q Deus lhes deu! Pra acabar com tanta cara-de-pau na frente do espelho, nada como um bocado de veneno russo a fim de apressar a enrugadinha natural da fisionomia e dar um toque sobre a verdadeira cútis de pururuca q nos aguarda a todos".
De Glauco Mattoso, na Caros Amigos de fev/2005.