quarta-feira, maio 31, 2006

Verde

Na época da ditadura, às vezes, para se libertar companheiros presos pelo Exército, alguns guerrilheiros seqüestravam pessoas ilustres. Dentre essas, estava o embaixador norte-americano Charles Elbrick e um dos seqüestradores era Fernando Gabeira. Um dos libertados foi Zé Dirceu. Gabeira voltaria ao país beneficiado pela Lei da Anistia e escandalizaria a pudica sociedade brasileira ao desfilar pelas praias cariocas com uma minúscula sunga de croché (!).
Anos depois, essa mesma esquerda é alçada ao poder num paisinho de terceiro-mundo. Ao pedir uma audiência ao então ministro da Casa Civil, Gabeira tomou um chá de cadeira de quase duas horas de relógio. Essa foi a gota d'água para que se desfiliasse do PT. Dera a pele para salvar a vida do Dirceu e este devolveu com desfaçatez.
Ontem, Renan Calheiros, que já andou de braços dados com Collor, desligou o microfone de Gabeira e encerrou a sessão do plenário intempestivamente. O deputado verde havia dito que o ex-collorido (?) havia passado um trator sobre a CPI dos sanguessugas, e otras cositas más.
Nessa falta de homens que impera em nossa república, com certeza sunga de croché não é medidor de macheza.
VOTEM NULO.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Puxa, você aderiu à campanha pelo voto nulo?
Se todos votassem nulo, Gabeira não existiria...

3:47 PM  
Blogger sergio marcone said...

Jana, que bom saber que voce anda por aqui... o Gabeira daqui tem um ar de melancolia, dos tempos de polarizaçao (esse computador de meu amigo esta com o teclado desconfigurado... os acentos estao todos trocados...) esquerda/direita. Alem do mais, hoje ele nao existe mesmo, eh uma voz inexpressiva - e calada - naquela alcateia.
Nao me deixe!!!
Beijos.

4:01 PM  

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