Felicidade engarrafada

Em momentos de uma possível felicidade, sempre temos a sensação de que seremos subtraídos dela, ou seja, alguma coisa dará errada. Ou vamos nos ferrar com nossa ansiedade; ou não teremos $$ suficiente para a empreitada; ou quebraremos a cara porque o amor está de um lado só: o seu. Isso é normal? Outro dia chegamos à conclusão de que é fruto do eterno sentimento de pecado original imposto pela Igreja. Tem lógica. A felicidade é mutável e isso é bom até para darmos o valor necessário a esse momento. Mas sempre tem uma broxadinha, um não-sei-o-quê que nos tira o brilho desse momento. É como se tivesse em nosso inconsciente um bip nos avisando que aquilo ali vai passar, que não é "verdadeiro", sei lá.
Por outro lado, lembremos da eterna busca do homem pela felicidade. Assim: o cara mata, rouba, sacaneia pra conseguir uma fortuna. Após a $$ toda, se perde... Tem de andar com segurança, proteger a casa, preocupar-se com os filhos na escola. Nada é eterno. Nosso "pecado original" parece ser projetar demais, querer sempre mais e essa busca é eterna e a derrota é iminente. Sei não, mas nos preocupamos demais com coisas fúteis e esquecemos de olhar pra cima... É, isso mesmo, ver o céu, as estrelas, o cocô dos passarinhos...
Peraí, um f.d.p. desses pardais acabou de cagar em cima de mim!!! Que porra!!!