quarta-feira, dezembro 15, 2004

Cantoras do rádio II

Sacrilégio. Como pude deixar de falar em Adriana "Uel-el-el" Calcanhoto?
Sorry...

1 Comments:

Blogger Renato Arnun said...

Conheço Sergio Marcone há exatos 24 anos. Quando o conheci, ainda éramos garotos, embora ele fosse razoavelmente mais novo do que eu. Fazíamos parte da memorável turma do "beco do acúcar", uma gang de moleques especializada em usar a cara para bater nas mãos dos meninos das outras ruas do bairro Serraria Brasil. Um hiato de cinco ou seis anos sem vê-lo, entre 83 e 89 e o Marcone que se apresentou a mim mudara muito. De tampinha a varapau, numa ainda hoje muito mal explicada mutação.
Mas o Marcone perspicaz e voluntarioso, de inteligência fora do normal, permaneceu o mesmo. E trouxe consigo um outro Marcone, um pouco duro demais em sua crua sinceridade, sinceridade esta a que ele mesmo talvez não esteja preparado, mas uma pessoa de alma limpa, clara, sempre disposta a melhorar e a melhorar-se.
Claro que não é um santo. Algumas mágoas aqui e ali,egressas de conturbações passadas teimam em aflorar como se me dizendo que, bem...ele não é tão bom assim. Mas é. O ser humano perfeito está morto e enterrado. Sempre nos tornamos ícones da perfeição, pelo menos quado morremos, no breve instante em que estamos sendo sepultados e um discursante nos elege ao olimpo breve dos que se foram. E Marcone, naturalmente, como todos nós, não é perfeito.
Muitas vezes, e até mesmo por sua própria culpa, ele foi e é mal-interpretado. Mas é uma pessoa de muitas virtudes e poucos defeitos. Uma delas é querer ver o fogo no mar ser apagado em vez de incendiá-lo. Outra, e esta qualidade é mais transparente quando ele bebe, é o extremo carinho que dedica aos amigos.
Precisava dizer isso, Marcone. A vida é breve e amanhã podemos não estar mais aqui. Continue assim, eu diria, se fôssemos adolescentes trocando confidências em um caderno cor-de-rosa. Mas há o Karma inevitável. E certamente, muito mais de suas atitudes são contabilizadas na columa de créditos.
Um abraço de seu amigo, Renato Arnun

8:07 AM  

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